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QUARESMA E CAMPANHA DA FRATERNIDADE

A igreja no Brasil seguindo o impulso do Espirito Santo, que renova sempre a comunidade eclesial deu início lá no interior do Rio Grande Norte, esta belíssima experiência que depois se espalhou para todo Brasil e já para alguns países. Tudo isso confirma que o espírito de fraternidade que nos ensinou Jesus com sua vida, seus gestos e suas palavras ainda se mantêm vivos e nós somos responsáveis, para darmos prosseguimento a esta maravilhosa experiência de fé e de vida.

Este ano o tema da Campanha da fraternidade nos convoca para a superação da violência e nos lembrando no seu lema “somos todos irmãos”. Esta verdade que está no mais profundo da alma humana, sempre foi ameaçada pela falta de respeito, pelo ódio e todo tipo de violência que se dirige em especial aos mais fracos da sociedade, os pobres que é estigmatizado no índio, negro, desempregado, mulher, trabalhador sem-teto, sem-terra, orientação sexual diferente, encarcerado, e até pela religião.

Na quaresma, nós revivemos a experiência do povo no deserto que foi nômade durante 40 anos no deserto e os 40 dias de Jesus no deserto. Assim como o povo e Jesus, o inimigo maior estava dentro.  Pois é no coração humano que não sabe amar, não sabe cuidar do outro. Ao contrario querem nos transplantar um coração que domina, explora, escraviza e até mata para saciar o vazio da sede de vingança. Em nossos dias, este espírito maligno está ameaçando o coração das pessoas com falsas promessas e duvidando da nossa filiação divina e da nossa fraternidade assim como tentou Jesus “Se tu és filho de Deus”. A nossa verdade é a mesma que o Pai revelou a Jesus no dia do seu batismo “Tu és meu filho amado, em ti está todo meu bem querer”

Sabemos que a maldade não nos deixa ser amigo, ser irmão e o mundo continua dividido e em continua discórdia como nos diz a oração eucarística para a reconciliação. Todavia acreditamos que o Espírito Santo move os corações para gestos de reconciliação e de paz e nos dará sabedoria para sermos criativos na busca de um modelo de família e de sociedade mais solidário e justo.

 

Fonte: Diário de Santa Rita [1]