Diocese de Viana

(98) 3351-1174

Pastoral do Dízimo

DÍZIMO E MANUTENÇÃO DO TEMPLO

No inicio da igreja em Atos 2:44-45 as pessoas que se convertiam vendiam e distribuíam todos os seus bens; quando Deus instituiu na Lei a décima parte do que as pessoas produziam para manutenção do templo e sustento da classe levítica no Antigo Testamento podemos  compreender que é uma boa referência para nós cristãos contribuirmos com a manutenção da obra do Senhor.

Não é lei é graça de Deus, não deve ser entregue por obrigação ou medo e sim com alegria, amor e gratidão II cor. 9-7. deve ser entregue por fidelidade a Deus.

 Em 2 Coríntios 9:7:

“Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento; porque Deus ama ao que dá com alegria.”

Muito interessante meditar neste versículo também pois, não adianta de nada dar o dízimo de forma forçada, ou pagar os 10% e não cumprir metade do que Deus nos pede na Bíblia. Deus ama quem dá com alegria e nesta lógica parece absurdo alguém estar alegre se está brigado com outrem. Leia a bíblia pois a partir de sua leitura perceberá que o dizimo tem um valor muito maior do que o dinheiro que ofertamos. O estado com que entregamos este dízimo faz toda a diferença.

Reconhecer e valorizar a Igreja e os pastores  que tem sido instrumento de Deus para nos abençoar espiritualmente é justo diante de Deus, I Cor. 9, se temos alguma dúvida quanto  a administração dos recursos dos dízimos e ofertas ou até da lisura do líder da Igreja é sinal que você deve procurar outro lugar para participar, ou orar para que o Senhor mude ou traga luz sobre está situação, mas este não deve ser o motivo para você parar de dízimar e ofertar.

Quando pensamos em parar de 1,pode revelar uma fraqueza de fé ao duvidar que Deus pode te abençoar com o restante do seu salário ou renda, ou também um espírito de avareza onde sempre pensamos nas nossas necessidades e deixamos de contribuir com a obra de Deus.

Sabemos que o Dízimo é uma forma justa e adequada de retribuir, de devolver a Deus aquela parte do todo que Ele continuamente nos dá. O Dízimo é uma retribuição regular (e não esporádica), promocional (e não aleatória) dos bens que recebemos e que então entregamos na Igreja (e não para uma entidade filantrópica, congregação religiosa ou outras boas obras apostólicas), destinado a promover as necessidades paroquiais em vista da Evangelização, ou seja, do anúncio do Reino de Deus para todos os homens e mulheres.

Os benefícios que recebemos de Deus estão sempre em função da vida. O tempo, os bens imateriais que podemos chamar talentos e capacidades e os bens materiais, que são obtidos normalmente a partir do exercício dos nossos talentos e capacidades.

Logo, oferecer Dízimos não é fazer um pagamento, mas é partilhar a vida, porque o dinheiro oferecido através do Dízimo ou das Ofertas na Igreja corresponde a uma parcela do nosso trabalho e do suor derramado na obtenção do pão nosso de cada dia, corresponde a um diálogo de gratuidade, de graça recebemos, de graça devemos dar.

O Dízimo, pois, é um ato de generosidade, de partilha, de fé e de amor a Deus e aos irmãos, ato de confiança e compromisso com o anúncio do Reino de Deus.

O dízimo garante a manutenção do Templo, centro de toda a religiosidade do povo, garante a celebração do culto e, indiretamente, contribui para a unidade e o crescimento moral do povo de Deus. Todas as vezes que o povo começa a descuidar do dízimo, os sacerdotes que eram sustentados por ele são obrigados a procurar o próprio sustento. Os templos são abandonados, o culto é prejudicado, a religião entra em crise e, com ela, a vida moral do povo. Por isso, sempre que o povo de Israel precisa de uma reforma, esta começa pela restauração imediata do dízimo (Ne 10,33). “Malaquias levanta a voz e fala de “maldição” para aqueles que são infiéis e querem enganar ao Senhor, e fala “bênçãos” abundantes para quem dá o dízimo com fidelidade (Ml 3,9-11)

Vejamos também em Malaquias 3:10:

“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que dela vos advenha a maior abastança.”

Assim vemos que o dízimo é uma ordenança bíblica, afinal Deus é soberano e não passamos de administradores do que Ele nos deu. Além disso, a igreja precisa da sua partilha pois como pagaria seus funcionários, compraria materiais de limpeza, pagaria contas de luz…entre outros?

Malaquias 3:8:

“Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas.”  Muitas pessoas são infiéis com o dízimo, conforme a passagem bíblica acima pois, o dízimo como o próprio nome diz corresponde a 10% do salário e muitas pessoas dizem dizimar, mas, na verdade, elas entregam na igreja um valor muito inferior. Será que realmente já não deveríamos ser gratos a Deus pelos 90% que sobram para que façamos o que queremos?

Malaquias 2:1,2

“A vós, ó sacerdotes, dou esta ordem:

Se não me ouvirdes, se não tomardes a peito a glória de meu nome – diz o Senhor dos exércitos -, lançarei contra vós a maldição, trocarei em maldições as vossas bênçãos; aliás, já o fiz, porque não tomastes a peito (as minhas ordens).”

O profeta é bem claro Sobre as ordem de Deus. O dízimo verificam-se duas posições bem distintas: De um lado, os que quase não falam sobre o dízimo e de outro, os que falam demais.

Ultimamente, temos lido e ouvido depoimentos de padres e vários lideranças  que ficam arrepiados só de pensar em falar sobre o dízimo. Há os que, ao falarem, o fazem com tal escrúpulo que a impressão que dá é que estão pedindo desculpas ao povo por tratar de tal assunto.

Por outro lado, temos um comportamento de pessoas que tratam o dízimo sem o menor escrúpulo e nenhuma ética. E para justificar-se lançam mão de todos os argumentos possíveis e imagináveis, usando a Bíblia a seu bel-prazer para alcançar os fins que desejam, nem sempre recomendáveis. É constrangedor constatar estas situações em muitas Igrejas.

Como é também constrangedor constatar que muitas Igrejas passam a falar do dízimo só quando estão sufocadas financeiramente, quando as entradas não correspondem às necessidades. Na maioria das vezes a pregação do Dízimo é para aumentar o faturamento da paróquia. Se esta for a razão da Pastoral do Dízimo – aumentar a renda da Paróquia – está desvirtuando-se nossa missão, nosso compromisso de fidelidade com a palavra de Deus. Independentemente da necessidade financeira, o dízimo deve ser pregado, assimilado e assumido porque faz parte dos ensinamentos de Deus ao seu povo. Dízimo não é campanha financeira para resolver problemas de dinheiro.

A Igreja necessita de recursos para realizar sua missão, e por isso exorta os fiéis para que assumam sua responsabilidade nesta tarefa, pois “Igreja somos todos nós e suas necessidades são nossas”. A missão da Igreja é a razão pela qual devemos pregar – sem desvirtuar – sobre o dízimo. A Igreja é mestra em orientar, ensinar e animar sobre aspectos importantes que envolve a vida das pessoas, em vista do bem comum e da salvação de todos. A ela cabe discernimento, quando se tratar de dízimo.

 

Dízimar e ofertar é uma atitude de FÉ e compromisso com Deus e sua obra.

Como foi visto, o dízimo antes da Lei de Moisés era espontâneo e refletia gratidão. Na Lei ele era usado para o sustento dos sacerdotes (A tribo de Levi 2 Cr 31.4,5). No Novo Testamento ele passa a ser usado no sustento e manutenção de toda obra evangelizadora do reino de Deus , (1Tm 5.17,18; 1Co 9.7-14) realizar a obra da evangelização, religiosa, eclesial, missionária e caritativa, e suprimento do dia-a-dia da administração.

Quero pensar também no dízimo como uma adoração a Deus, como podemos ver com a vida de Abraão que  dízimou  e também Jacó quando estava partindo para Harã declarou a Deus que dizimaria de tudo que o Senhor o concedesse,Gn 28-22, Abel entregou uma oferta de FÉ que agradou a Deus, Hb. 11-4 tudo isso antes da Lei;Quando entrego a décima-parte da minha renda, talvez vou deixar de comprar algumas coisas, inclusive pode me fazer falta, mas quero adorar o Senhor com o que me tens abençoado,  afirmo a este mundo que dinheiro não é deus na minha vida, e quando vou ao gozofilácio eu não estou entregando dinheiro a homens eu estou rendendo minha vida, meu dízimo ao Senhor.

Exemplo de pessoas que entregaram dízimos: Abraão (Gn 14.20; Hb 7.1,2) Jacó (Gn 28.20-22). O dízimo foi incluído posteriormente na Lei (Dt 14 22-23) Na instituição da Lei a tribo de Levi não teve herança na distribuição de terras em Israel. Deus estabeleceu que eles seriam sustentados pelos dízimos do povo. Em contrapartida eles eram responsáveis para alimentar o povo espiritualmente. Isto é, eles ministrariam o ensino e cuidariam do tabernáculo e dos utensílios usados na adoração. (1Cr 6.48; 2 Cr 31.4,5; Js 18.7 Dt 10.9; 12.19; Nm 18.24)

Jesus teve pessoas que contribuíram com seu ministério, a Igreja também precisa de recursos para cumprir sua missão e cumprir o Ide do Senhor e abençoar vidas, isto é feito de várias formas e demanda investimento; portanto dízimar e ofertar é ter visão de reino e responsabilidade com sua obra.

Quando somos convidados a colaborar com a missão da Igreja, somos lembrados dos pontos essenciais, do que é fundamental: Tudo é de Deus, tudo pertence a Ele e nada mais somos que administradores fiéis, ou não, disso tudo. Alguns com muito, outros com pouco. Cada um na proporção do que recebeu, bens e dons, é responsável pela administração para o bem de todos. E isso independe da necessidade econômica da Igreja.

Comissão de Formação da Pastoral do Dizimo da Diocese de Viana

Rejane Rodrigues dos Santos,IPSCJ – Coordenadora do Dizimo

Felipe Lima  –  Paróquia Santuário Santa Luzia em Santa Luzia

Arnaldo Baima – Paróquia Nossa Senhora de Nazaré em Vitória do Mearim.