No dia 06 de outubro iniciamos o Sínodo especial para a Amazônia que se estenderá até o dia 27 desse mesmo mês.
A assembleia sinodal conta com a presença de 28 cardeais, 29 arcebispos, 62 bispos titulares, 7 bispos auxiliares, 27 vigários apostólicos, 10 bispos prelados e 21 membros não bispos entre padres, religiosas e leigos.
Como se sabe a região pan-amazônica ocupa um território de nove países: Guiana Francesa, República Cooperativa da Guiana, Suriname, Venezuela, Colômbia, Equador, Brasil, Bolívia e Peru.
O ponto de partida para todo o conjunto de discussões do sínodo é a crise socioambiental, isto é, a crise ecológica, climática provocada pela devastação e degradação da floresta, e a crise social como consequência da agressão à natureza, o que gera pobreza e miséria atingindo principalmente os indígenas, ribeirinhos, quilombolas e pequenos agricultores.
Na encíclica Ladauto si, o Papa Francisco afirma que tudo está interligado, os seres humanos e a natureza. O dano que causamos na natureza acaba por destruir o próprio ser humano.
A Igreja em saída na Amazônia não pode ficar alheia a essa grave situação, por isso entende que o cuidado da casa comum faz parte da sua missão. A Amazônia é um território onde a Igreja é chamada a tornar presente o Reino de Deus.
Nesse sentido refletimos também sobre o rosto amazônico da Igreja, a partir de sua opção preferencial pelos e com os pobres, e o cuidado com a criação com participação na vida política, econômica, cultural e ecológica.
Por isso o tema deste sínodo é: novos caminhos para a Igreja e para a ecologia integral.
Não nos reunimos aqui em Roma para oferecer respostas prontas para os problemas da Amazônia, queremos apenas em processo sinodal, isto é, caminhando juntos, ouvir o grito da terra e o clamor dos pobres, para discernir que caminhos novos serão apontados para a Pan-Amazônia pelo Espírito Santo.
Texto: Por Dom EVALDO Carvalho dos Santos, CM – Bispo de Viana – Regional CNBB Nordeste V
Fonte : Pascom Diocese de Viana