“Os pobres chorarão a sua morte, depois hão de sorrir à liberdade…”
A sua excelência reverendíssima Dom Evaldo, convida todos os irmãos e irmãs para participarem da Celebração de 50 anos de Vida Eterna de Dom Francisco Hélio Campos, o mesmo foi o 2º bispo da Diocese de Viana (1969-1975).
Participe desse momento em memória aquele que em sua missão de pastoreio diocesano trabalhou pelos menos favorecidos.
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Dom Hélio foi segundo bispo diocesano de Viana. Nasceu em Quixeramobim – CE, em 24 de julho de 1912. filho de Francisco Cordeiro Campos e Belarmina Gomes Campos. E Teve os seguinte irmãos: Padre Gerardo José Campos, Irmã Hilza Campos e Irmã Zilma Campos (salesianas), Irmã Inês Campos (Filha da Caridade), José Nanges e Raimundo Felinto Campos. Foi batizado em Itatira, em 08 de setembro de 1912. Ordenado presbítero, no Seminário da Prainha, em Fortaleza, aos 05 de dezembro de 1937.
Durante seu ministério presbiteral foi vigário das paróquias de Mucuripe, Pedra Branca, Navegantes, Pirambu (dez anos) e Mondubim. E foi cooperador de Redenção e Carmo.
Foi ainda Capelão do Hospital Psiquiátrico Instituto Beneficente São José, da Casa de Saúde São Gerardo e do Patronato de Cascavel; Diretor de Ensino de Religião, Apostolado da Oração (Setor Diocesano) e cruzadas Eucarísticas. E Assistente Eclesiástico do Jornal “O Nordeste”, Juventude Masculina Católica e Federação dos Círculos Operários. E ainda no Seminário.
Um padre e bispo dinâmico, muito comprometido com as causas sociais, certa vez disseram sobre ele: Dom Hélio Campos foi quem libertou o Pirambu, um bairro proletário de 40.000 habitantes existente em Fortaleza, do analfabetismo, prostituição e de doenças. De 1959 a 1969 realizou um trabalho de ajuda aos habitantes do bairro praticamente sem ajuda oficial e somente com a do Vaticano, Arquidiocese de Fortaleza e particulares. Sendo Por isso objeto de reportagem dos jornais “The Times”, “Le Monde”, “Paris Match” e outros jornais europeus.
Nomeado bispo de Viana pelo Papa Paulo VI, aos 14 de abril de 1969, ordenado bispo por Dom José Medeiros Delgado, então Arcebispo de Fortaleza, como ordenante principal e Dom Raimundo de Castro e Silva, bispo auxiliar de Fortaleza e Dom João José Mota de Albuquerque, Arcebispo de São Luís do Maranhão, como co-ordenantes, no dia 06 de junho de 1969; tomou posse em Viana no dia 05 de agosto do mesmo ano.
Em sua rápida passagem nesta diocese deixou sua marca na Evangelização e principalmente nas causas sociais, cujos principais destinatários são sempre os mais favorecidos. Isso causou um grande choque com os costumes culturais e práticas religiosas e políticas locais. Sua primeira ação foi liderar a reivindicação e também trabalhar na construção da estrada que ligava Arari a Viana, hoje parte da MA 014, a grande redenção da baixada isolada. Trabalhou junto a organizações sociais, ajudou a fundar e manter sindicatos rurais, usou estruturas físicas para promover educação e dignidade, principalmente em Viana. Todavia, apesar de intenso seus trabalhos foram encerrados por um câncer que ceifou sua vida aos 23 de janeiro de 1975.
Antes de morrer, veio com um médico, uma enfermeira e pessoas de sua família rezar a última missa do galo em Viana. Fez um sermão, pedindo aos lavradores que se unissem pela sua própria libertação. Disse que aquele era seu último sermão e encontro com seu rebanho, pois sabia que ia morrer e disso estava avisado pelo médico. Queria apenas orações, pois ele estava preparado e aceitando os desígnios de Deus.
FONTE: Diocese de Viana