O povo indigena Akroá Gamela, sob a liderança de Kun’tum Akroá Gamela, realiza nos dias 12 a 15 de fevereiro Assembleia Geral, na Aldeia Taquaritiua – Viana (MA)
Os Temas tratados na Assembleia serão: Espiritualidade Ancestral; Soberania Alimentar; Educação Escolar Indígena; Atenção Básica de Saúde; Organização Social; Defesa e Proteção dos Territórios e dos Corpos.
A Assembleia também momentos de danças e outras interações típicas da cultura Gamela e falas de convidados. O bispo diocesano, Dom Evaldo, foi convidado e se fez presente nesta manhã, acompanhado do chanceler, Pe. Aldeanes e do Pe. Danrlley, da Área Pastoral de Coque. O bispo usou a palavra para manifestar fraternidade, solidariedade e encorajamento em nome Igreja, neste ano Jubilar da Esperança.
No Maranhão esse povo vivem basicamente nos municípios de Penalva, Matinha e Viana e por muitos anos, além de diminuir a população, também foi apagado culturalmente. Desde de 2013, no entanto iniciou processo de retomada do território entendido como tradicionalmente pertencente a ele. Passando por uma Assembleia de Auto-declaração em 2014, re-ocupação de terras, atentados, comemorações, tramite juntos aos orgãos oficiais e muita luta, chegam a esta Assembleia Geral.
Durante todo este processo de luta, conscientização e reorganização do povo Gamela nesta região foi e continua sendo a contribuição do líder indígena e sociólogo Kun’tum Akroá Gamela, que além dessa causa, atua também junto a comunidades quilombolas, atingidas por mineração, atingidas por grilagens de terra e outras situações de vulnerabilidade.
Esta assembleia assume papel muito importante na construção de uma madura e firma consciência nos próprios indígenas: consciência do ser e do seu lugar; consciência de luta por direitos básicos e naturais; consciência ecológica preventiva e vital, dentre outras. Mas também devem contribui para o crescimento de uma cultura de menos desconfiança, preconceito e até mesmo perseguição beligerante.
Segundo a Wikipédia, o termo Gamela é a denominação dada pelos portugueses aos indígenas de grupos que usavam uma gamela (bacia) enfeitando os lábios inferiores.
A seguir algumas fotos do momento
FONTE: Diocese de Viana